Após o nascimento do meu filho, fiquei exclusivamente com a tarefa de mãe, e consequentemente, com as tarefas domésticas. Interrompi por alguns anos, a minha independência financeira e tudo de bom que ela traz para a mulher, ou seja, os cuidados consigo mesma.
Por herança cultural, por escolha pessoal ou por questões circunstanciais, a nossa sociedade conta com um grande número de mulheres que dedicam suas vidas exclusivamente aos cuidados da casa e da família, desempenhando o papel conhecido como “dona de casa”.
É um trabalho de 24 horas diárias e 365 dias ao ano, que não tem férias e que requer conhecimentos gerais. Sim!!! Exatamente um amplo conhecimento! Das tarefas domésticas: a administração, psicologia, jardinagem, pedagogia, entre outros, são multifunções!
A parte cultural dessa estória é bem sinistra. Porque a mulher simplesmente não possuía quaisquer direitos. Como já conversamos anteriormente, a mulher era considerada, um ser quase nulo, apenas para servir ao homem e para procriação.
Hoje a mulher tem a oportunidade de estudar, trabalhar, enfim, ela acumula muitas tarefas. Mesmo não sendo exclusiva do lar, a casa espera por ela, os filhos e o marido também, todos aguardando a sua atenção.
A mulher que se dedica exclusivamente à família, na maioria dos casos, abre mão dos mimos para consigo. Da independência financeira, passa a depender financeiramente do marido, tem um salário restrito às despesas básicas do lar, em sua grande parte. Assim sendo, os gastos com cabelereiro, manicure, cosméticos, roupas, destinada à esposa, ficam em segundo plano. Ou aguardando as promoções do mercado e da feira, manobrando de um lado e do outro, para custear um mimo básico, como a tintura para cabelo.
Muitas vezes, a mulher abre mão temporariamente de um sonho, de uma profissão, de um destaque no mundo dos negócios. Outras vezes, abre mão para sempre, porque o tempo passa muito rápido e não podemos voltar atrás... Dentro de seu coração, algo ficou faltando, mas ela se cala, chora por dentro. Antes de mais nada, ela é um ser humano que precisa de realizações, que necessita da satisfação pessoal.
Outras vezes, essa renúncia é de dentro mesmo, ela deixa de seguir uma carreira profissional que batalhou muito para conquistar, e escolhe como missão de vida, sua família, seu lar. Ela consegue a satisfação plena dentro do seu ser, o seu lar passa a ser, seu reino absoluto!
Afinal, a dona do lar é uma mulher feliz ou infeliz? A felicidade é algo pessoal, somos seres distintos, em processo evolutivo, cada uma de nós sente de uma forma, seguindo sua bagagem de experiências.
Seja qual for a escolha da mulher, esposa, mãe, é importante que seja um ser humano feliz, porque a mulher é a base da família, e ela espalha as melhores vibrações por onde passa! Ela é a roda de engrenagem que faz mover o mundo!
