O feminismo, ao longo das décadas, tem conquistado avanços significativos na luta pela igualdade de gênero e pelo direito das mulheres de fazerem escolhas autônomas sobre suas vidas. Uma dessas escolhas é, sem dúvida, a decisão de não ter filhos biológicos. Uma escolha que desafia estigmas e destaca a coragem das mulheres que ousam viver conforme seus próprios termos.
A sociedade, em geral, nos cobra, nos julga e nos sentencia, mas como dizem, não podemos e não devemos agradar a gregos e troianos, a decisão de não ter filhos não deve ser vista como um desvio da norma, mas sim como uma escolha válida e respeitável. Nós somos donas de nossas escolhas e não precisamos atender às expectativas alheias e sim às nossas. Isso ocorre quando questionamos essas expectativas e buscamos por alternativas que estejam mais alinhadas com seus desejos e metas pessoais.
Cada mulher é única, com sonhos, ambições e objetivos que vão além da maternidade. Optar por não ter filhos pode ser uma manifestação poderosa da busca pela realização pessoal e profissional. Isso permite que as mulheres dediquem tempo, energia e recursos para seus interesses, carreiras e relacionamentos, depositando seu amor em outros seres que nem sempre são laços de sangue, mas que as completam de forma muito mais ampla e satisfatória.
Infelizmente, a sociedade nem sempre trata essa escolha com respeito e compreensão. Muitas mulheres que optam por não ter filhos enfrentam pressões, julgamentos e até mesmo críticas. Sabe aquele momento de ligar a chave chamada “F...-se”? Pois é, fé e força na caminhada!
Estamos tentando quebrar tantos dogmas e esse também deve ser colocado na lista. O corpo é seu, a vida é sua, faça o que bem quiser, seja feliz! Sabem daquela célebre frase: “Pague as minhas contas e cuide da minha vida?” Sabe quem vai pagar? Tu mesma! Então seja a diferença que vai ajudar a modificar nossa cultura colocando o devido respeito à todas as mulheres, independentes de suas escolhas, se encaixando ou não nos ditos “padrões” de uma sociedade extremamente hipócrita.
O amor que transcende laços sanguíneos é o mais poderoso de todos. A maternidade, tradicionalmente associada à relação entre mães e filhos biológicos, está evoluindo para abraçar uma definição mais ampla. Cada vez mais, pessoas estão exercendo a maternidade sem ter filhos biológicos, expandindo os limites do que significa nutrir, cuidar e amar profundamente.
A essência da maternidade é enraizada no cuidado e no amor incondicional, e as conexões emocionais que construímos podem ser tão poderosas quanto qualquer vínculo biológico. A maternidade sem fronteiras nos ensina que o amor transcende as limitações físicas, permitindo-nos criar laços profundos e significativos que enriquecem nossas vidas de maneiras infinitas.
O amor é essência divina, é fonte inesgotável, quanto mais amamos, mais amor temos para doar. A maternidade pode ser vivenciada por tias carinhosas, madrinhas atentas e figuras maternas de coração. São pessoas que oferecem conselhos, apoio e um ombro amigo, que compartilham risos e lágrimas, e que desempenham um papel vital na jornada de crescimento de uma criança, mesmo que não compartilhem laços de sangue. Enfim, exercer atitudes maternais, de amor, por toda a criação divina.
Portanto, toda mulher merece ser respeitada, amada, apoiada e acolhida. Neste movimento contínuo em direção à igualdade de gênero, é fundamental reconhecer que cada mulher merece o direito de moldar seu próprio destino, livre de julgamentos e expectativas irreais. Não somos donas do mundo, mas...somos filhas do dono!